Sociopata e psicopata são termos distintos para designar um mesmo transtorno: o transtorno de personalidade antissocial.
Quando usamos o termo sociopata muitas pessoas já conseguem relacionar ao transtorno de personalidade antissocial pela similaridade dos nomes. No entanto, o mesmo não acontece com o termo psicopata. O termo psicopata, por muitos anos, foi utilizado para designar criminosos, assassinos sangue frios, pessoas hostis e agressivas.
Por essa razão, ambos os termos têm caído em desuso pelos profissionais da saúde.
Isso porque causa confusão em quem ouve sobre os reais significados de psicopata e sociopata. Além disso, não representam por completo uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial.
No entanto, no âmbito jurídico os termos psicopata e sociopata continuam sendo utilizados ao traçar o perfil psicológico de alguns criminosos.
Também vale ressaltar que o número de criminosos reincidentes de fato tem transtorno de personalidade antissocial. Isso porque, as principais características desse perfil são: pessoas incapazes de sentir empatia, mentem regularmente, denigrem, não pesam seus próprios atos, são irresponsáveis, não ajudam o próximo mesmo diante de situações de necessidade e tem pensamentos extremamente narcisistas, ou seja, a satisfação dos seus desejos pessoais vem em primeiro lugar.
Também não se veem como responsáveis pelos próprios atos, e sempre arrumam uma forma de colocar a culpa dos seus atos em outra pessoa.
De modo geral, os sociopatas vivem em perfeita harmonia com todos nós.
Isso porque eles conseguem controlar bem os seus “instintos”, especialmente em locais onde sabem que podem ser punidos e não poderão colocar a culpa em um terceiro.
A verdade é que o diagnóstico é difícil de ser feito, até porque os sociopatas mascaram muito bem a sua real personalidade. Em alguns casos, é possível identificar tais comportamentos a partir dos 10 ou 12 anos, e iniciar ainda na adolescência o tratamento.
Se você reconhece algumas dessas características em você ou em alguém próximo, procure ajuda profissional.
O tratamento é feito através de psicoterapia e, em alguns casos, com acompanhamento medicamentoso.
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Texto escrito por Francielle Bechtold, psicóloga, mestre em crítica textual pela Universidade de Lisboa e colaboradora do Conteúdo Natural. @psicofranbechtold